ARTES CÊNICAS

"Amanda", solo teatral de Rita Clemente, volta ao cartaz, em única sessão

Monólogo sobre mulher que perde progressivamente os sentidos terá apresentação no sábado (14/6), como parte do Festival de Teatro e Artes, do Minas Tênis Clube

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A atriz, diretora e dramaturga Rita Clemente retorna ao palco neste sábado (14/6) com “Amanda”, solo teatral que estreou há dez anos. O monólogo tem concepção cênica de Rita, a partir do texto do carioca Jô Bilac. A única apresentação, amanhã, às 19h, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas integra o Festa – Festival de Teatro e Artes, que marca os 90 anos do Minas Tênis Clube.


A personagem que dá título à montagem é uma mulher que está perdendo progressivamente os sentidos e, ainda assim, insiste em continuar vivendo sua rotina normalmente, como se nada estivesse acontecendo.


“Amanda” é um extrato do espetáculo “Fluxorama”, também um texto de Bilac – na verdade, três textos, ditos em um único fluxo e divididos em três quadros – que Rita protagonizou em 2013 ao lado de Vinícius Arneiro e Inês Viana, com cada um dirigindo o monólogo do outro.


“Depois de ficarmos algum tempo em cartaz, pedi a eles, ao Jô principalmente, para fazer 'Amanda', que era a parte que me cabia, de outro jeito, construindo a cena no mesmo plano do texto, diferentemente de 'Fluxorama', onde o texto está em primeiro plano. Acho fundamental entendermos hoje que um artista da cena está no mesmo grau de autoria que o dramaturgo”, afirma. Ela pontua que a atuação é uma linguagem e que é preciso, portanto, compor sobre ela, sobre o espaço e o tempo.


Exercício de criação

Rita conta que quis fazer sua própria “Amanda”, apartada dos outros textos de “Fluxorama”, justamente para investigar dispositivos de atuação. Ela explica que o fluxo do texto daquele espetáculo em trio se dava em detrimento da construção da cena. “Isso não era propriamente negativo, mas me enquadro na categoria do artista moderno, aquele que entendeu que a cena tem o mesmo valor que o texto. Eu quis, com 'Amanda', desenvolver alguns aspectos da encenação”, destaca.


Três anos antes da estreia do monólogo que leva amanhã ao Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas, Rita fez “Dias felizes”, de Samuel Beckett, que também entende como um marco em sua carreira. “É um clássico importantíssimo, mas considero que pegar o texto de um autor brasileiro e tornar isso um exercício de criação talvez tenha sido mais importante para mim”, ressalta.


Esse exercício de criação serviu, conforme diz, para desmitificar alguns aspectos técnicos da atuação que, muitas vezes, o ator adota sem uma dimensão mais clara do que representam. Rita questiona a forma como esses aspectos afetam a interpretação. “O que é, de fato, uma concepção artística? Achei que com esse solo eu poderia repensar essa e outras questões, para mim mesma e para quem me chama para trabalhar junto”, comenta.


Segundo ela, “Amanda” é importante em todos os sentidos – artístico, técnico e também mercadológico. “Temos visto muitos atores com carreira sólida na televisão se voltando para o teatro, normalmente com espetáculos em dupla ou solo, o que é um dispositivo mercadológico. Como meu desejo era experimentar, só assim eu conseguiria fazer. Quando vamos para um solo, vamos em direção à manutenção de uma carreira”, diz.


Rita chama a atenção, ainda, para o fato de o texto de Bilac ter um modo descritivo e por isso chegar muito facilmente às pessoas. “O Jô tem isso, chega com humor em questões aparentemente banais para dar uma alfinetada no final, o que é uma delícia, porque o artista quer que a obra de arte cumpra esse papel. É por isso que 'Amanda' se mantém há tanto tempo no meu repertório.”


“AMANDA”
Solo teatral com concepção cênica e atuação de Rita Clemente, a partir do texto de Jô Bilac, neste sábado (14/6), às 19h, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes – fone: 3516 1360). Ingressos gratuitos, com retirada antecipada pela plataforma Sympla.


Outros espetáculos


>>> “PIRATAS DO CURRAL”

A Cia. Circunstância inicia a celebração de seus 20 anos com a estreia de “Piratas do curral”, nesta sexta-feira (13/6), às 13h30, no Centro Cultural Venda Nova (Rua José Ferreira dos Santos, 184, Jardim dos Comerciários).

A apresentação marca o início da circulação da montagem, que mistura palhaçaria, malabarismo e acrobacia para contar a história de uma dupla de piratas que não possui embarcação nem mar para navegar e está em busca da República Pirata. O o é gratuito.


>>> “MADE IN BRASIL”

Suzy Brasil estreia o stand-up “Made in Brasil”, nesta sexta-feira (13/6), às 21h, no Teatro do Centro Cultural Unimed-BH Minas (Rua da Bahia, 2.244, Lourdes). No solo, ela relembra divertidas histórias de seus mais de 25 anos de vida artística e mais de 40 anos de seu criador.

Suzy Brasil é a drag queen do ator, comediante e roteirista Marcelo Souza, conhecido por programas do Multishow, como “A vila”, com Paulo Gustavo, e “Ferdinando show”, com Marcus Majela, além de filmes como “Carlinho e Carlão”, com Luís Lobianco. Ingressos para a plateia 1 a R$ 100 (inteira) e para plateia 2 a R$ 80 (inteira).


>>> “SHOW DO BITA”

“Show do Bita – Crescer e aprender” integra a programação do projeto Diversão em Cena. O espetáculo será apresentado neste domingo (15/6), às 17h, no Grande Teatro Cemig Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.537, Centro).

Voltada para toda a família, a montagem conta com 20 músicas inéditas e clássicos de outras temporadas. O “Show do Bita” enfatiza a importância da educação inclusiva e democrática. Ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).


>>> “TV COLOSSO”

Evocando “TV Colosso”, o programa infantil exibido pela TV Globo nos anos 1990, “TV Colosso – O musical” tem direção artística de Luiz Ferré, o criador dos personagens originais da série. Adão Iturrusgarai e André Catarinacho assinam os roteiros, com a colaboração de Thereza Falcão.

O espetáculo será apresentado neste sábado (14/6), às 18h, e domingo (15/6), às 15h, no Grande Teatro do Sesc Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1.046, Centro), com valor dos ingressos variando de R$ 15 a R$ 100.

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